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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A polêmica por trás da sibutramina

A Sibutramina, comercializada como Meridia ou Reductil, é um fármaco administrado oralmente para tratamento da obesidade, cujo uso vem gerando muita polêmica. No Brasil, pode ser encontrada nas dosagens 10 mg (equivalente a 8,37 mg de sibutramina) e 15 mg (equivalente a 12,55 mg de sibutramina), sendo vendida mediante prescrição médica e retenção de receita. Encontra-se sob duas formas: sal anidro e cloridrato monoidratado de sibutramina, sendo que a anidra não possui o número suficiente de estudos clínicos de eficácia e segurança (razão pela qual a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu a sua importação para o Brasil).

O medicamento promete acelerar o metabolismo, diminuir a fome e aumentar a sensação de saciedade de forma a satisfazer o apetite com pouco alimento. Age inibindo a reabsorção dos neurotransmissores: serotonina (em 73%), norepinefrina (em 54%) e dopamina (em 16%), o que ajuda a elevar a saciedade. Assim, o cloridrato de sibutramina conquistou um grande reconhecimento devido a sua eficácia no tratamento da obesidade e hoje é um dos mais conhecidos e procurados medicamentos para a perda de peso no Brasil.

Seus efeitos colaterais mais comuns são: boca seca, apetite paradoxalmente elevado, náusea, gosto estranho na boca, estômago irritado, constipação intestinal, problemas para dormir, tontura, dores menstruais, dor de cabeça, sonolência, dor nos músculos e articulações, podendo ainda, em alguns pacientes, elevar a pressão sanguínea (o que gera a necessidade de monitoramento regular da pressão).

Não são esses, entretanto, os efeitos que levaram, em outubro deste ano, a Anvisa a estabelecer novas regras para o emagrecedor, cujas prescrições deverão ser também acompanhadas de um termo de responsabilidade entre o médico e o paciente em três vias (uma para ser arquivada no prontuário, outra na farmácia e outra com o paciente). Tal medida se deve à constatação de efeitos colaterais pouco comuns, porém seríssimos, como: arritmia cardíaca, parestesia, alterações mentais e no humor ou, ainda, ataque apoplético, problema para urinar, dor no peito, hemiplegia, visão anormal, dispneia e edema.

Diante dos fatos é fácil constatar o porquê da burocracia por trás da aquisição e uso da sibutramina. O medicamento só deve ser tomado se a orientação alimentar e a atividade física não forem suficientes para atingir a redução de peso desejada e o paciente deve ter em mente que o uso do mesmo não exclui a necessidade de controle da alimentação e prática regular de exercícios físicos. Apesar da tentadora promessa por trás do uso da sibutramina, o paciente deve, necessariamente junto ao seu médico, avaliar os prós e contras, tendo sempre em mente que um corpo bonito não é nada sem saúde.

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