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sábado, 29 de junho de 2013

Dieta rica em cromo reduz fome e vontade de comer doces

Mineral potencializa ação da insulina, beneficiando quem quer emagrecer e pacientes de diabetes


Sabe aquela vontade de comer um brigadeiro a qualquer custo? Ou quando seu corpo parece sentir uma fome incontrolável por guloseimas no meio do dia? E se houvesse uma forma de controlar esse desejo, sem sair da dieta? Um nutriente pode ser um grande aliado nessas horas: o cromo. Quando este mineral está na quantidade certa em nosso organismo, regula a quantidade de açúcar no sangue, evitando os picos de insulina, beneficiando não só quem quer exterminar as gordurinhas, mas também quem têm diabetes ou a síndrome metabólica, que é caracterizada por um grupo de e problemas de saúde como o acúmulo de gordura na cintura e no interior da barriga (visceral), pressão alta, aumento nos níveis de triglicérides, do açúcar no sangue (glicemia), e do mau colesterol (LDL) e ainda a diminuição do bom colesterol (HDL). 


"Quando a insulina este em alta é por que não está realizando adequadamente sua função de metabolizar o açúcar na célula e, quando a célula sente a falta desse açúcar, que é sua fonte de energia, manda um recado de fome, o que te faz comer novamente", explica o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Médica Brasileira de Nutrologia (ABRAN). O cromo potencializa o efeito da insulina, equilibrando os níveis desse hormônio no sangue, evitando os ataques de fome. 


Apesar de o cromo ser um nutriente essencial, as nossas células não conseguem produzir esse mineral. Por isso, segundo o fisiologista José de Felippe Júnior, fundador da Associação Brasileira de Medicina Biomolecular e Nutrigenômica, precisamos conseguir seus benefícios através do consumo dos alimentos fontes do mineral ou, se for o caso, através da suplementação receitada por um médico especialista. 


Conheça a seguir as principais formas de acrescentar o cromo à sua alimentação, todos os benefícios de uma dieta rica no nutriente, como potencializar a sua absorção e como a suplementação pode ajudar a saúde e a dieta: 

Reduz a fome (e a vontade de doces!)

Quando alguém tem hiperglicemia, que é o elevado nível de glicose no sangue, fica igual formiguinha louca por comidas açucaradas, massas, pães - carboidratos refinados em geral. "O cromo na quantidade adequada induz o funcionamento dos genes e isso faz com que o indivíduo precise de menos quantidade de carboidrato para se sentir satisfeito", explica o médico especialista em medicina intensiva e biomolecular, José de Felippe Júnior. Funciona da seguinte forma: a pessoa ingere o nutriente através dos alimentos, o mineral faz a indução dos genes, regularizando o metabolismo dos carboidratos e diminui a vontade de consumir esse grupo alimentar. 


Quando comemos, em especial, o carboidrato refinado (pão branco, doces, massas), que são pobres em fibras, eles acabam sendo absorvidos rapidamente no intestino e a fome aparece em pouco tempo. Já as fibras dos carboidratos complexos trazem nutrientes, inclusive o cromo, que atrasam a absorção desses carboidratos. 


E qual a relação entre o brigadeiro que comemos e os picos de insulina no sangue? Ao comermos o docinho, ele se transforma em açúcar (glicose). Segundo o nutrólogo Roberto Navarro, o hormônio insulina age como um "caminhão", que transporta o "passageiro" açúcar para as nossas células, não deixando que o açúcar fique em alta na corrente sanguínea. A glicose é jogada na célula com a ajuda do hormônio insulina mas, para a insulina conseguir se acoplar aos receptores dentro das células, vai depender do cromo. 


"O mineral, associado com outros nutrientes, forma uma molécula chamada Fator de Tolerância à Glicose (FTG), que potencializa o efeito do hormônio insulina na sua função de transporte do açúcar. Se o fator de tolerância não é formado, você passa a ter intolerância à glicose, o que dificulta a entrada do açúcar na célula", explica o nutrólogo. Se a função da insulina está prejudicada, através da falta de cromo, por exemplo, que é um facilitador da ação da insulina, o açúcar não é acoplado na célula e fica um excesso de insulina no sangue (liberada ao ingerirmos carboidratos refinados) que, em quantidade excessiva, tem poder inflamatório e de formar tecido adiposo, ou seja, gordura. 


E o que tudo isso tem a ver com aquela fome irracional e cíclica que sentimos quando comemos uma massa, por exemplo? Quando a célula não consegue receber o açúcar, o organismo recebe uma mensagem de que está faltando energia dentro dela, e a resposta vem direto do centro da fome, região do cérebro no hipotálamo, avisando que você precisa comer mais. O cérebro é um dos órgãos que mais precisa de glicose. Se o açúcar não for para dentro da célula, principalmente, para as células cerebrais, existe um "disparo de fome" imediato.

Principais fontes e quantidades

Como não produzimos o cromo, a alimentação continua sendo uma das melhores maneiras de conseguir o mineral. De acordo com o nutrólogo Roberto Navarro, a absorção do nutriente pode ser muito boa em conjunto com uma dieta equilibrada. No entanto, o especialista alerta que com o processo de refinação, os alimentos vão perdendo o cromo. O açúcar mascavo ou a farinha integral têm cromo, no entanto, quando eles passam pelo refino, perdem a maior parte do mineral. A quantidade recomendada de cromo pode chegar a 200 mcg por dia. 

Segundo o livro Modern Nutrition in health and disease, as melhores fontes de cromo nos alimentos são: 
 

Levedura de cerveja: 112 mcg cromo (1 colher de chá ) 
Carne vermelha: 57mcg cromo (1 bife médio) 
Pão de trigo integral: 42mcg cromo (1 fatia) 
Trigo integral: 38 mcg cromo (2 colheres de sopa) 
Pimenta malagueta: 30 mcg (1 colher de sopa) 
Pão de centeio: 30 mcg de cromo (1 fatia) 
Ostra: 26 mcg de cromo (1 porção) 
Batata: 24 mcg de cromo (1 unidade ) 
Gérmen de trigo: 23 mcg de cromo (3 colheres de sopa ) 
Pimenta verde: 19 mcg de cromo (1 unidade) 
Maçã: 14 mcg de cromo (1 unidade ) 
Banana: 10 mcg de cromo (1 unidade) 
Cenoura: 9 mcg de cromo (1 unidade) 
  
Potencialize a absorção!

Mas então você pensa que faz tudo certo: consome grãos (feijão, grão de bico, soja, arroz integral) e cereais integrais, carne vermelha, batata e - mesmo assim - sente muita fome, especialmente, pelos doces? Isso acontece porque nem sempre o cromo é bem absorvido pelo organismo. De acordo com o nutrólogo Roberto Navarro, o estresse aumenta o nível de cortisol e faz com que você excrete cromo pela urina. E não é só o estresse emocional, devido ao trabalho e aos relacionamentos, como também o estresse físico ? que pode ser causado pela atividade física em excesso. "Você também pode acabar eliminando cromo quando ingere muito açúcar refinado", diz o especialista. Quem ingere de modo frequente e contínuo antiácidos à base de carbonato de cálcio ou hidróxido de magnésio também deve ficar alerta! Esses componentes diminuem a chance de absorção do mineral. Outro item que ajuda na hora de absorver melhor o elemento é a vitamina C. Algumas das melhores fontes dessa vitamina são: laranja, limão, acerola, brócolis, couve e couve-flor. 

Dieta balanceada: uma aliada

Não adianta só se preocupar em ingerir a quantidade certa do mineral se você não investe em uma alimentação equilibrada. Tem que seguir uma dieta equilibrada, que inclua carboidratos integrais, legumes, frutas, proteínas magras e gordura boa, como a das oleaginosas e do azeite de oliva extra-virgem. "Se você já aposta nos alimentos de baixo índice glicêmico, como os carboidratos integrais que têm mais fibras e demoram mais para ser absorvidos e passarem para o intestino, faz com que, naturalmente, seu nível de açúcar no sangue fique mais equilibrado", expõe o nutrólogo Roberto Navarro. Além disso, é importante comer de três em três horas, evitando o jejum prolongado e evitar, principalmente, farinha e açúcar branco. "Se as pessoas comessem mais devagar, conseguiriam dar tempo para que o estômago mandasse o recado de que estão satisfeitas ao hipotálamo - centro da saciedade", complementa José de Felippe Júnior, fundador da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. 

Suplementação

Atualmente a suplementação de cromo é uma alternativa para quem não consegue bons resultados na absorção do cromo com a dieta, nos tratamentos para emagrecer ou para quem sofre de carência do mineral. Quando o paciente tem aumento dos níveis de glicose, ele pode ter carência em cromo - mas é algo mais raro. 


A formulação que mais se aproxima ao cromo encontrado no alimento (não misturado a outros elementos) é o picolinato de cromo. "Estudos mostram que a suplementação de picolinato na dose de 200 microgramas em pacientes com resistência à insulina ou intolerância à glicose se beneficiam com a ingestão do suplemento já que ele potencializa a ação da insulina", diz o nutrólogo Roberto Navarro. 


Em pacientes com colesterol alto ou com sobrepeso pode haver a suplementação para ajudar na perda de peso. Vale ressaltar que a prescrição do suplemento de picolinato de cromo só pode ser feita por um médico especialista. "A suplementação não é contraindicada desde que seja feita por um período curto, de até dois meses, e não seja em altas doses", alerta o especialista. Altas doses são consideradas mais de 200 mcg por dia e podem, até mesmo, causar náusea, enjoo, dor de cabeça e gosto metálico na boca.  

Um potencial antioxidante

O cromo funciona como um ótimo antioxidante. Segundo o fisiologista José de Felippe Júnior, o mineral é benéfico para quem tem colesterol alto porque melhora a função do endotélio - um tipo de membrana epitelial que reveste, internamente, as câmaras do coração (aurículas e ventrículos), os vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e os vasos linfáticos. É nessa estrutura que se depositam as placas de gordura. 


Em doses baixas - até 200 mcg diárias, o cromo é um ótimo antioxidante, mas em doses altas (sem auxílio de um médico na suplementação, por exemplo), ele tem a função adversa, oxidando determinadas células, fazendo o efeito de um radical livre, avisa o nutrólogo Roberto Navarro. Por isso, é importante sempre tomar cuidado em não exceder a quantidade prescrita.  

Deficiência do mineral

Segundo o livro Modern Nutrition in health and disease, a deficiência de cromo pode causar aumento de peso, ansiedade, confusão mental, fadiga, cansaço e diminuição da sensibilidade nos pés ou tornozelos. No entanto, não existe um exame de sangue que detecte a falta do nutriente. "Nós necessitamos de 45 nutrientes essenciais, entre eles, o cromo. São os 45 elos que fazem os genes funcionarem como devem e provocam o equilíbrio no nosso corpo", explica o fisiologista José de Felippe Júnior. 


De acordo com o especialista, para detectar a falta do mineral, deve-se consultar com um médico que fará uma anamnese completa e, através das respostas obtidas, poderá receitar uma dieta adequada e a suplementação - caso necessário.  


"A presente orientação não dispensa o atendimento presencial com um nutricionista".

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Consumo de ômega 3 na gravidez resulta em bebês mais saudáveis.

Estudo mostra que a substância evita partos prematuros e promove o nascimento de crianças maiores.



Acaba de ser divulgada mais uma notícia sobre os benefícios da suplementação nutricional durante a gravidez que pode favorecer a saúde do bebê. Uma nova pesquisa divulgada no The New York Timesrevelou que as mulheres grávidas que tomaram suplementos diários de DHA (ácido docosahexaenóico), um tipo de ácido graxo essencial do ômega-3, tiveram gestações mais longas, bebês maiores e menor índice de nascimentos prematuros.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores escalaram aleatoriamente 154 mulheres saudáveis a tomar 600 miligramas de DHA durante a última metade da gravidez, enquanto outras 147 tomaram um suplemento placebo.

Feito isso, também foram realizadas avaliações sobre educação materna, nível socioeconômico, gestações anteriores, além de tabagismo e outros fatores de risco.

Com os resultados unidos ao consumo (ou a falta) do DHA, eles descobriram que os bebês cujas mães tomaram suplementos eram quase um 1,5 kg mais pesados do que aqueles das mães que não consumiram a substância. Além dessa característica, as crianças das mães que tomaram o DHA também tinham circunferências maiores de cabeça.

O estudo também revelou que quase 5% das mães que tomaram o placebo deram à luz com 34 semanas de gestação ou menos, em comparação com apenas 0,6% das mães que tomaram DHA.

A autora do estudo, Susan E. Carlson, professora de nutrição da Universidade de Kansas, disse que a incidência de recém-nascidos com baixo peso e as gestações com 34 semanas (ou menos) no grupo que tomou placebo é muito semelhante às taxas da população em geral, enquanto o grupo que tomou DHA teve reduções muito significativas nesses riscos. Vale destacar que a pesquisa revelou que não houve efeitos adversos no consumo dos suplementos.

Apesar de ser necessário um estudo mais abrangente, a pesquisadora afirmou que as mulheres devem conversar com os seus médicos sobre a possibilidade de adotar o consumo de suplementos de DHA durante a gravidez. O estudo foi publicado no periódico online do American Journal of Clinical Nutrition. 

É importante lembrar que esse tipo de ômega-3 pode ser encontrado naturalmente em alguns alimentos como nos peixes de água fria, como salmão, sardinha e arenque.



"A presente orientação não dispensa o atendimento presencial com um nutricionista".

Cesariana contribui para obesidade abdominal


Estudo na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP comprova que o parto cesariano é um fator de risco para a obesidade em adultos jovens, se comparado com os nascidos de parto normal. Segundo a pesquisadora Denise Nascimento Mesquita, uma das explicações para essa conclusão é que as mudanças na microbiota intestinal induzidas pela cesariana é que aumentam esse risco.
"Fatores ambientais, genéticos, fisiológicos e comportamentais sempre foram considerados riscos para a obesidade em adultos jovens. O que conseguimos identificar pela primeira vez, é que a cesariana também pode contribuir para a obesidade abdominal e subcutânea na idade adulta, e não somente para a obesidade total medida pelo índice de massa corporal, como já fora demonstrado em outro estudo com essas mesmas pessoas", diz Mesquita.
Além do tipo de parto, a pesquisa avaliou se outros fatores, como as condições da mãe, da gestação e do recém-nascido, influenciaram na obesidade abdominal e subcutânea na vida adulta dessas crianças. Avaliou, ainda, se os hábitos de vida e fatores socioeconômicos do adulto jovem eram fatores de risco para esse tipo de obesidade.
Como indicadores de obesidade abdominal, utilizam a circunferência da cintura (CC), a razão cintura-altura (RCA) e arazão cintura-quadril (RCQ); e como indicadores de obesidade subcutânea a prega cutânea tricipital (PCT) e a prega cutânea subescapular (PCS).
A pesquisadora explica que utilizou esses indicadores porque o objetivo era investigar a associação da adiposidade (tecido de gordura) com o parto cesáreo, uma vez que a associação com o Índice de Massa Corporal (IMC) já era descrita pela literatura. A análise da relação do parto com esses indicadores (de obesidade abdominal e subcutânea) foi realizada por meio de regressão de Poisson, modelo estatístico que estima o risco de um fator estar associado ao risco estudado.
Cesariana e gordura corporal
O estudo foi realizado com 2.063 jovens entre 23 e 25 anos, nascidos entre 1978 e 1979 (veja a seguir). Eles foram divididos em dois grupos. Num, avaliaram as variáveis do nascimento (sexo, peso do recém-nascido, tabagismo materno durante a gestação, escolaridade materna no momento do parto, idade gestacional e paridade). Já no segundo, além das variáveis do nascimento, também levaram em conta as variáveis do agora adulto (escolaridade, renda familiar atual, tabagismo, prática de atividade física, consumo de calorias na dieta, porcentagem de gordura na dieta, idade e cor da pele).
Os resultados mostraram que 32% das pessoas avaliadas nasceram de cesariana.Embora outros fatores avaliados no estudo, tanto na época do nascimento como na idade adulta, tenham se mostrado associados com a adiposidade aumentada, como por exemplo, sexo feminino (associado à PCT e PCS aumentados), peso ao nascer igual ou maior que 4 quilos (associado somente a CC aumentada); paridade materna igual ou maior que 5 partos (associado a RCQ aumentada) e maior idade do adulto jovem (associada a CC aumentada), o parto cesariano se mostrou associado a todas as cinco medidas de adiposidade aumentadas.
O estudo confirma que o aumento de gordura corporal é multifatorial. Porém acrescenta mais um fator para esse aumento, a cesariana. "Até o momento, este é o primeiro trabalho que associa o parto cesariano com outros indicadores de obesidade no adulto jovem, que não o índice de massa corporal", afirma Mesquita.
A pesquisadora alerta para o fato de que ambos, cesariana e obesidade, têm aumentado mundialmente, sendo alvos de investigações a respeito de suas causas e consequências. Assim, como a cesariana contribui para a ocorrência da obesidade, também a obesidade em mulheres gestantes contribui para a realização do parto por meio da operação cesariana. "Ambos são considerados problemas de saúde pública, necessitando de atenção para estratégias voltadas para diminuição destes e de ações que visam controlar o aumento desenfreado tanto de um como do outro".
A pesquisa Parto cesáreo e outros fatores de risco para adiposidade aumentada no adulto jovem foi defendida em janeiro de 2013, no programa de pós-graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, sob orientação do professor Marco Antonio Barbieri, do Departamento de Puericultura e Pediatria da FMRP.
Entre 1978 e 1979, equipe coordenada pelo professor Marco Antonio Barbieri, do Departamento de Puericultura e Pediatria da FMRP, foi responsável pelo primeiro estudo epidemiológico mais abrangente feito no País. Cadastraram 6.750 crianças nascidas vivas em Ribeirão Preto, acompanhando seus desenvolvimentos, possibilitando comparações e informações em diferentes etapas de suas vidas até a maioridade. Em 1994, realizaram novo estudo. Desta vez, com uma amostra de 2.846 pessoas, também nascidas em Ribeirão Preto. Em 2010, reiniciaram a pesquisa, acompanhando não uma amostra, mas todos os nascidos em Ribeirão Preto (cujas mães morem na cidade).

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/04/02/cesariana-contribui-para-obesidade-abdominal-mostra-pesquisa-da-usp.htm

"A presente orientação não dispensa o atendimento presencial com um nutricionista".

Crianças nascidas de cesarianas podem ter mais risco de sofrer de obesidade.

Uma das teorias é de que os bebês nascidos cirurgicamente não são expostos a algumas bactérias que ajudariam a regular o metabolismo.



De acordo com dados do Ministério da Saúde, as taxas de cesarianas só aumentam a cada ano em nosso país, sendo que em 1994 era de 32% em todo o território nacional e, em 2010, alcançou 52%. Esses números são mais do que o dobro das taxas recomendadas pela OMS (que recomenda apenas de 10 a 15% dos partos dessa forma).

O Brasil é considerado o país com mais procedimentos de cesárea no mundo inteiro. Em outros países, esse tipo de parto é feito somente quando há risco para a mãe e o bebê, pois o normal garante uma recuperação melhor da mulher e agora tem sido mostrado ainda como forma de prevenir a obesidade futura da criança.

Esse fato foi revelado em uma pesquisa feita pela Escola de Medicina da Universidade de Nova York, que encontrou uma conexão entre as cesarianas e a obesidade na infância. Segundo as avaliações, esses procedimentos fazem com que as crianças nascidas cirurgicamente sejam 83% mais propensas a ter excesso de peso quando crescerem do que aquelas nascidas naturalmente.

Uma das teorias para explicar esse resultado é que os bebês no parto natural são expostos a bactérias no canal de saída que ajudam a regular o metabolismo deles no futuro e aqueles nascidos cirurgicamente não passam por essa exposição.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores examinaram os registros de saúde de mais de 10 mil crianças britânicas e descobriram que aquelas que nasceram de cesariana e tinham 11 anos de idade eram 83% mais propensos a ter excesso de peso em comparação com aquelas que nasceram naturalmente.

Os resultados do estudo confirmam pesquisas anteriores que também encontrou uma ligação entre cesarianas e obesidade infantil. "Pode haver conseqüências para as crianças nascidas de cesarianas a longo prazo que ainda não conhecemos", disse a principal pesquisadora Dra. Jan Blustein, da Escola de Medicina da Universidade de Nova York.

Entretanto, a pesquisadora afirmou que a extensão do risco de obesidade em crianças 'não é grande' e não deve ser um fator a se considerar quando uma mulher deve fazer a cesárea por razões médicas, mas sim quando ela opta sem um motivo concreto.

A pesquisa, publicada no International Journal of Obesity, também destacou os riscos para as mulheres de realizar uma cesariana, incluindo aumento da possibilidade de lesões intestinais ou da bexiga, bem como futuras complicações em outras gestações.

A Dra. Blustein disse que uma razão para a ligação entre a cesariana e a obesidade poderia ser porque estas crianças não são expostas a bactérias benéficas no canal de parto e, portanto, seus corpos levam mais tempo para acumular esses micro-organismos bons que aumentam o metabolismo. Os adultos obesos tendem a ter menos bactérias "amigáveis" em seu trato digestivo e níveis mais altos de bactérias "ruins", o que significa que eles queimam menos calorias e armazenam mais como gordura.


"A presente orientação não dispensa o atendimento presencial com um nutricionista".

Alimentação correta da mãe garante a saúde dos ossos do bebê

Pesquisa mostra que as vitaminas têm um papel fundamental no desenvolvimento ósseo da criança.




Um novo estudo aponta que mães que tem uma alimentação rica em vitaminas dão a luz a bebês que desenvolvem ossos mais fortes na infância, é o que aponta o jornal americano The New York Times.


A pesquisa contou com a participação de cerca de 3 mil gestantes que tiveram suas dietas associadas ao desenvolvimento ósseo das crianças após o nascimento. Os pesquisadores pediram que cada mãe registrasse sua alimentação diária para que essas informações fossem comparadas com a concentração de vitaminas em seu sangue. Quando as crianças completaram 6 anos, os cientistas realizaram testes para avaliar a densidade óssea dos pequenos.


Os resultados apontam que as crianças cujas mães consumiam mais proteína, fósforo e vitamina B12 durante a gestação tinham os melhores índices de densidade e mineralização óssea. Já as mães que apresentaram um maior consumo de carboidratos e altas concentrações de homocisteína – um aminoácido que se acumula no organismo em função da falta de vitaminas do complexo B – geraram crianças com baixa densidade óssea e pouca mineralização.


O estudo – que foi publicado no periódico The American Journal of Clinical Nutrition – não pode assumir como regra que as gestantes que seguiram uma dieta rica em vitaminas necessariamente mantiveram esse padrão alimentar com seus filhos. Mas os pesquisadores acreditam que exista uma relação mais direta e que “a exposição fetal à nutrição pode influenciar permanentemente o seu desenvolvimento ósseo”.



"A presente orientação não dispensa o atendimento presencial com um nutricionista".